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Ola. Bem vindos ao espaço de reflexão sobre nossas carreiras. Comecem a pensar nas suas vidas como uma estrada a ser percorrida com satisfação. Juntos faremos das nossas vidas uma estrada da qual nos orgulharemos. Obrigada pela oportunidade da troca e do crescimento

28 de janeiro de 2012

Carreira e ansiedade


Sentimos ansiedade. É um estado emocional que faz parte da experiência humana. É normal. Nos ajuda a ter coragem, a buscar atingir nossos objetivos, a brigar pela vida e a fazer diferença.
No entanto, quando reagimos de forma desproporcional ao que acontece; quando a sentimos “forte” e “do nada” – sem um objeto que a desencadeie; quando experimentamos inesperadamente medo, terror, pânico; quando achamos “do nada” que vamos morrer; quando achamos que algo futuro vai ser ruim; ou quando sentimos “forte” desconforto corporal (aperto no peito, dificuldade em respirar), a intensidade de ansiedade esta acima do considerado adequado.
Dessa forma, quando sentir ansiedade, avalie se esta normal ou  “ruim” (nesse caso você se sente mal e desconfortável). Se for “ruim” avalie o quanto. Se achar que esses estados “ruins” são frequentes e começam a ficar fora do seu controle, procure um especialista que possa te ajudar a identificar os motivos que  tem te levado a altos níveis de ansiedade.
Para evitar que a ansiedade lhe cause desconforto, você deve garantir que seus objetivos de carreira estejam em realização, que seu estilo de vida favoreça níveis de satisfação e conhecer o mapa mental da ansiedade para buscar controlar sua intensidade.
Um ótimo final de semana para você. Aproveite para fazer coisas de que gosta.

10 comentários:

  1. Realmente a satisfação plena é muito importante, sofro de ansiedade, já procurei um especialista, estou tentando administrar melhor, pois tenho muita ansiedade, sofro quando não atinjo minhas espectativas, porém algumas coisas não dependem apenas de nós, isto frusta muito também.

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  2. Vamos lá:
    a) Preste a atenção em você. Procure não ter o outro como referencia de suas expectativas. Esperar do outro é uma armadilha. Cada vez que você tiver o movimento de buscar que o outro faça alguma coisa, respire, preste atenção em você, faça uma coisa que lhe seja importante. Enquanto você põe sua expectativa no outro, você se distancia de você, intensificando a ansiedade (que nesse caso pode até ser um sinal de que você esta se distanciando de você...cuidado).
    b) As suas expectativas são fantasias do que pode vir a acontecer. Geralmente ter expectativa causa ansiedade. Dessa forma, mude o movimento. Cada vez que tiver expectativa, preste atenção em você, respire - retome-se. Faça o que tem que fazer. Você sabe o que tem que fazer. Se não souber, coloque num papel agora. E é isso: segure as rédeas - faça o que você definiu no papel (se precisar leve o papel com voce - vai te ajudar a recuperar o centro). Lembre: o movimento do ter expectativas é um boicote às suas realizações.
    Obrigada por ter comentado como o fez. Trouxe para a discussão situações reais que a maioria de nós vive e que não sabe como fazer diferente.

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  3. Sandra Barros, gostaria de saber exatamente o que seria o mapa mental pois desconheço qualquer enunciado a respeito.Gostei muito do texto. È excelente.

    Obrigada

    Sonia Mascarenhas

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    1. Gostei muito da sua duvida. Deixei o tema em aberto exatamente para que houvesse indagação.

      Imagine um mapa geográfico. Mapa mental também é uma representação como o é o mapa geográfico. Suponha que você queira definir seus objetivos para os próximos três meses. Esse é o seu ponto de partida. Coloque-o dentro de um circulo. Dai pergunte-se. O que eu preciso para tal? Talvez 3 ou 4 ações. Coloque-as também em dentro de círculos e puxe uma seta delas para o circulo central. Em seguida cada uma dessas terá novas ações. Assim você montou seu mapa para definir seus objetivos aumentando a probabilidade de que ocorram já que voce refletiu, identificou etapas e obstáculos, e favoreceu sua visão macro sobre o tema (como se fosse a visão da floresta para a árvore - do todo para a parte).

      Esse tipo de construção nos ajuda a nos apropriamos das variáveis que podem interferir no resultado, bem como definir ações com maior eficácia. E mais importante: previne ansiedade em níveis indesejáveis já que favorece o seu controle sobre você mesma.

      Também pode ser usado para evitarmos momentos de ansiedade que fogem da normalidade, como colocados no post, fruto de expectativas.

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  4. Sandra, sua resposta foi muito boa e tão contra-corrente! Tomara que mais pessoas entendam do que vc está falando: uma mudança do paradigma imposto goela abaixo pelos donos do capitalismo. Um paradigma ao qual nos submetemos como se não houvesse alternativa para esse consumo incessante. Consumimos nossas almas na expectativa de consumir "bens". Só nós podemos por um fim nisso, perguntando-nos: essa ansiedade é minha ou estou vivendo a ansiedade dos outros?

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    1. Ótima sua colocação! Como escrito por voce, muitas vezes estamos "comprando" a expectativa do outro (carregada da ansiedade do outro) tornando impossível seu atingimento (já que é do outro!).

      Aproveito para reforçar que do outro sabe (ou deveria saber) o outro. Não temos qualquer ingerência sobre o outro que faz o que ele quer. Portanto, ter expectativa é uma "furada"- uma grande armadilha, que penso tenha sido fruto do tipo de educação que temos.

      Existe uma conta interessante a se fazer: 33% é de sua responsabilidade (portanto cuide de 33%); 33% é do outro (portanto, do outro!); e, 33% depende do momento (sobre o qual também não temos ingerência - tal como tempo, transito, chuvas, adversidades em geral).

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  5. Há alguns anos sofri de TAG (transtorno de ansiedade generalizado) e me submeti ao tratamento que somente pôde ser eficaz devido o meu comprometimento. Naquele época a ansiedade me consumia muita energia e disposição inutilmente, pois o resultado prático desta ansiedade que me consumia era nenhum, além da enorme frustração.
    Desde então, aprendi a me observar e a me conhecer de forma ampla, respeitando meus limites e me permitindo certas atitudes que antes eram, de certa forma, considerava inaceitáveis. Hoje, mesmo sabendo que posso sofrer uma recaída, vivo sem medos da ansiedade, pois é da natureza humana e percebo quando ela me afeta mais do que o normal, possuindo mecanismos para me desfazer dela num curto espaço de tempo.

    Ao longo deste tratamento aprendi, em poucas palavras, que ansiedade é "antecipação de acontecimentos", que poderiam vie a acontecer ou não. Então, eu passava um dia inteiro antecipando situações, empregando grande energia mental nisso e, no final das contas, nada daquilo acontecia e eu ficava esgotado a toa, muito frustrado por ter gasto tanto por nada e deixando coisas realmente importantes por fazer. Inúmeras dessas situações foram o estopim para que eu mudasse de comportamento.

    Aliás, o que muito me ajudou a encontrar o equilibrio em se falando de controle de ansiedade e de organização foi a conta simples ensinada pela Sandra Barros: 33,333% é de minha responsabilidade, 33,333% e do outro (não me diz respeito) e 33,333% é do acaso, que nem eu nem o outro temos responsabilidade (portanto, não me diz respeito também!). Assim, se eu sei que a minha parte foi feita de acordo, não há o porque de me preocupar e, desta forma, não há motivos para ansiedade.

    Sandra, obrigado e meus parabéns.

    Antonio F.

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    1. Seu comentário é fantástico. Coloca-nos no mundo dos humanos. Fala de coração aberto de todas as dificuldades que temos em lidarmos com nós mesmos. Conseguir o autocontrole é uma conquista que pode levar tempo. Segue-se a muitos momentos de frustração. Mas é a nossa vida que esta em jogo. E isso não tem preço. Temos que lutar por ela e não desistir, mesmo que em alguns momentos achemos que não vamos vencer (somos humanos). Antonio F. obrigada por escrever de forma tão esclarecedora e enriquecedora suas experiências, lutas e conquistas, e de deixar claro que é sim possível vencer a ansiedade.

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Certificada pelo International Coaching Institute (ICI) – 2009 - # 449. Formada em Psicologia (UNIP,1979) e mestre em administração de empresas (EASP/FGV, 2000). Atua como psicóloga nas áreas clinica e organizacional desde 1979, e como coach desde 2006. Professora em cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia, Gestão do Conhecimento e Comportamento Organizacional desde 1999. Fluente em inglês. Para contato envie e.mail para sandrabmr@gmail.com @coachonyou (seu twitte de dicas) www.coachingforyou.com.br