Sejam bem vindos!

Ola. Bem vindos ao espaço de reflexão sobre nossas carreiras. Comecem a pensar nas suas vidas como uma estrada a ser percorrida com satisfação. Juntos faremos das nossas vidas uma estrada da qual nos orgulharemos. Obrigada pela oportunidade da troca e do crescimento

25 de setembro de 2010

Carreira em boicote!

Você já notou que temos a tendência em transformar vontades em exigências ou obrigações? E que com isso criamos expectativas? Por exemplo: “Eu gostaria de ser uma pessoa bem sucedida” muda para “Eu tenho que conseguir ter sucesso profissional”; “Seria bom que eu tivesse o que eu quero” muda para “Tenho que ter o que quero”. O que acontece? Quando as expectativas não se concretizam - e geralmente não se concretizam porque são exigências surge a frustração muitas vezes acompanhadas de sentimentos de depressão, desanimo, impaciência entre outros. Conseqüência disso pensamos: “Minha vida é uma droga”. “Eu não sirvo para nada”.


Imposições dogmáticas e absolutas criam o pessimismo, a intolerância e, a insatisfação consigo mesmo e com os outros chamadas por Albert Ellis de convicções irracionais.

Como transformar convicções ou crenças irracionais em preferências ou novas filosofias? Desafiando a base da crença. Assim, se pergunte: porque pode ser tão ruim se eu não tiver sucesso profissional? Veja, não que você não possa ter em algum momento, por algum tempo. Mas acreditar que a vida profissional é sucesso, e que quando isso não ocorre se lamentar, é irracional. Nada pode ser 100% ruim. O sucesso profissional depende de você, do mercado e da empresa. Se ele não acontecer porque você deveria se culpar ou responsabilizar pela totalidade? Porque você deveria ficar “mal”, deprimido, achando-se “um lixo” quando em algum momento da sua vida o sucesso não ocorreu? Você com certeza já teve momentos de sucesso. Mas quando usamos a crença irracional momentos de não sucesso transformam-se na totalidade e todo o resto fica como que esquecido.

Podemos ser felizes, ou simplesmente nos sentirmos bem se evitarmos carregar fardos de expectativas e crenças que não serão atendidas. Não serão porque são crenças, e crenças são pensamentos rígidos, não permitem perceber que sempre conseguimos dar passos, e que esses têm seu tamanho e importância.

Alem dos estados de frustração, usar convicções ou crenças irracionais produzem sentimentos de impotência, insatisfação e baixa estima. Isso porque ao ficarmos deprimidos ou nos sentindo um “lixo” por não termos conseguido ter sucesso nos cobramos sair desse estado. Veja o que acontece: fico triste porque não consegui ter o sucesso que tinha por expectativa e me achando incapaz porque fiquei deprimido e não conseguido deixar de ficar.

O que escrevi demonstra que optamos por reagir às adversidades insistindo que elas não deveriam acontecer. Que tal experimentar reconhecer a crença e não usa-las para responder às adversidades?

“O ser humano nasce com a inclinação de ser feliz e de se aborrecer e se atormentar” (Albert Ellis). A decisão é sua quanto ao ser feliz ou se aborrecer e se atormentar. Assuma a responsabilidade pela condução do seu pensamento.

7 de junho de 2010

Afinal, o que fazer da minha carreira?

Recentemente uma cliente demonstrou preocupação e certa ansiedade porque se imaginou mudando de carreira. Foi quando apresentei minha concepção sobre o assunto. Disse a ela que a carreira pode ser vista como a expressão da nossa contribuição para com o mundo. Dessa forma é conseqüência das experiências e vivências que temos e que nos fazem ser, agir e transformar a realidade. Nos pertence. Os ambientes de trabalho são o espaço para sua expressão e realização. Vista desta maneira a carreira é a expressão de nossas motivações e aspirações humanas por meio do trabalho ou de outras expressões sociais. Não é de uma profissão ou de uma empresa ou de qualquer instituição social.


Tenho acompanhado o desespero de muitas pessoas que saem das empresas aonde trabalham, ou que não sabem o que fazer na vida, ou que escolhem uma profissão e depois concluem ter feito a escolha errada. Procuro comentar que a perda do emprego ou do trabalho pode ser ruim, mas a carreira é de propriedade da pessoa. O mesmo quanto à profissão que escolheu. Essa não foi uma escolha necessariamente errada. Nesse caso a escolha por uma profissão entendida como “errada” pode ter sido um veículo para a construção da carreira, uma etapa necessária ao desenvolvimento pessoal.

Vista dessa forma, carreira é algo muito mais amplo e abrangente do que um curso, uma profissão, uma empresa. É nossa essência humana em ação. É a possibilidade de construirmos e criarmos. De desenvolvermos redes de relacionamento que nos ajudem a fazer essa construção.

Daí que eu reforço a nossa responsabilidade em sabermos qual a nossa carreira. Para o que vivemos, o que queremos, no que somos “bons” (o que podemos agregar à sociedade – nossa vocação e dom), o que nos traz satisfação. Se soubermos responder a essas questões, poderemos agir com responsabilidade, pois “faremos bem feito”, com “gosto”, satisfação e cuidado.

Essa forma de enxergar e experimentar a experiência do viver a carreira tem fundamento no conceito de carreira proteana (palavra originaria de Proteu, servo de Netuno, que tinha o dom da transformação) – carreiras sem fronteiras.

Viver a carreira como o resultado de um conjunto complexo de atitudes, perante a vida, com responsabilidade, contribuindo por um mundo humano pode nos tornar mais livres e saudáveis. Pense nisso.

6 de abril de 2010

Vivendo com modelos mentais

Modelos mentais sao imagens, pressupostos e estórias que trazemos em nossas mentes acerca de nós mesmos, de outras pessoas, das instituições (casamento, família, filhos, igreja, entre outras) e de diversos aspectos do mundo e da vida. Constituem verdadeiros “mapas mentais” cognitivos com os quais navegamos pelos diversos ambientes de nossas vidas. Esses modelos nos levam a perceber e enxergar fatos, experiências, pessoas sob suas lentes. Na maioria das vezes reproduzimos sentimentos e emoções a partir dos mesmos.


São alimentados por valores e crenças que aprendemos desde a nossa infância, estendendo-se ao longo das nossas vidas. A possibilidade de vivermos satisfeitos, livres, e aproveitando o que nos acontece existe. Ocorre que os modelos mentais não nos permitem agir e viver dessa forma. Funcionam com barreiras e defesas à experiência do “aqui e agora”. Vivemos o passado. Alimentamos o passado. Funcionamos dessa forma grande parte da vida. Quanto tempo você experimenta e usa seus modelos mentais para impedir a oportunidade de viver, de ser livre de idéias pré-concebidas? Já pensou nisto? Vivemos em prisões psíquicas construídas por nós mesmos.

Na área da Psicologia, o termo modelo mental refere-se tanto aos mapas tácitos semipermantes do mundo que as pessoas retêm em sua memória de longa duração como às percepções de curto prazo que as pessoas constroem como parte dos seus processos diários de raciocínio. Os modelos mentais se expressam e manifestam por meio da linguagem (Angeloni, 2003). Se a linguagem é polissêmica (apresenta diferentes significados, meios de expressão e alterações semânticas) e ambivalente, estamos com o desafio pela frente. Não é a toa que as pessoas não se entendem. Cada um fala uma coisa, baseado no seu modelo, que o outro não conhece, e quer que o outro entenda. E geralmente não fazemos qualquer esforço por conhecer nossos modelos, suas motivações (interesses), e muito menos por deixá-los de lado ou favorecermos a possibilidade da construção de experiências novas, atualizadas ao momento que estamos vivendo. E vivemos brigando, criticando, construindo momentos de conflito, querendo que os nossos modelos ditem as regras de convivências, e deixando a vida passar. Quais são os seus modelos mentais? A que servem? Pare, respire e olhe. Seja você por um instante.

22 de fevereiro de 2010

Trilha, responsabilidade e carreira

Tenho escrito que a trilha é uma decisão que pode nos aproximar ou afastar de nossa carreira. Tenho observado e acompanhado a vida de pessoas (o que inclui a minha) e noto o quão difícil é para todos nós tomarmos decisões, agindo com responsabilidade.


Entendo por responsabilidade a atitude de respondermos por nossas próprias ações, o que pressupõe o exercício do livre-arbítrio que por sua vez se apóia no conhecimento e domínio das razões ou motivos que nos levam a tomar decisões, e a agirmos.

Viver com responsabilidade é buscar a reflexão ética sempre que possível, em todos os momentos em que tomamos decisões, falamos, sugerimos, em fim - vivemos.

Sempre que possível porque não estamos conscientes de nossos atos a todo o momento. Muitas vezes agimos de forma automática. O que não impede que a reflexão ocorra depois, e que os ajustes e as correções necessárias sejam feitos, quando for o caso.

Viver de forma responsável não é tarefa fácil. Significa buscar o autoconhecimento, o que leva ao entendimento do que esta por trás de nossas ações, das intenções que temos, e das razões pelas quais assumimos determinada direção em nossas vidas. Isso não só porque nossas ações e decisões nos afetam diretamente, mas porque agem sobre o próximo, afetando sua vida de alguma maneira.

Estou convicta de que o autoconhecimento é necessário para viver uma vida saudável, e eticamente responsável. Sua promoção nos ajuda a tomarmos decisões que contribuem para com nossa saúde (mental, espiritual, física), dando significado à nossas vidas (exercício da carreira), e cuidando para que pessoas de nossa convivência não sejam usadas para atender nossas necessidades e anseios, ou mesmo se tornem depositários de nossas frustrações, angustias e neuroses.

Pense como você pensa, entenda a origem de suas ações, e compreenda o significado dos seus sentimentos. A vida é sua, as decisões e ações são suas, portanto: reflita, mude quando preciso, e cuide de você. Cuidando de você, com responsabilidade, você vai estará cuidando do outro.

Como eu disse, viver de forma responsável é difícil, dá trabalho, mas eu tenho certeza que nos conduz à saúde, à satisfação e à realização.

26 de janeiro de 2010

Carreira, disposição e realização.

Muitos de nós sabemos o que temos que ser e fazer para construirmos uma carreira com sentido e significado. Mas parece que a “vida” nos atrai para caminhos (trilhas) que nada ou pouco tem a haver com nossa carreira. O ritmo frenético do dia a dia, as obrigações que nos são impostas ou que assumimos por impulso (o uso de cartão de credito acho que é o pior – compramos o que não precisamos com o que não temos), informações que chegam por e.mails, sites de relacionamento, grupos a que pertencemos (de trabalho ou não), uma cultura voltada para que sejamos ágeis, inovadores, conhecedores de muitos assuntos (como se fosse possível), o trânsito, a chuva (a cidade de São Paulo tem sido campeã neste quesito para quem mora nela), e – como não poderia faltar – a educação que tivemos. A maioria de nós foi educado a fazer tudo bem feito, a obedecer ao que os pais entendiam como certo, a estudar o que era tido como importante pela escola que freqüentávamos, a perceber e pensar sob o filtro da família a que pertencíamos, e a desenvolvermos um ritmo de resposta que atendesse aos grupos a que pertencíamos. Enfim, uma correria e um esforço imenso em atender às demandas que vinham do mundo exterior. Com isso nossa capacidade de triar o que realmente nos importa, de mantermos o foco na nossa carreira (entendida como a expressão de nossa razão de ser) e, no que precisamos fazer para manter nossa saúde está prejudicada! O pior é que passamos a acreditar que a forma que vivemos a vida é boa – dormimos mal, comemos correndo, somos “adrenalina” pura (ansiosos ou deprimidos em algum grau), mal convivemos com aqueles que queremos, repetimos o que aprendemos na infância, geralmente sem refletir se realmente é bom para nós, e corremos atrás de realizar uma carreira que nem sabemos qual é. A impressão que tenho é de que a maioria das pessoas esta “enlouquecida”, e doente. Muitos chamam este “fenômeno” de sucesso, e outros o sentem como estresse. Nesse cenário, o mais “maluco” é que a maioria das pessoas com quem converso acha “normal”, e quando passa a não achar, não consegue mudar essa forma de funcionar, de agir.


Você acha que o que escrevi acontece com você? Que o estilo de vida que vem tendo drena sua energia?

Mudar esta situação não é fácil, mas é possível. Eis aqui algumas sugestões:

a) respire (mas você tem que se concentrar no ato de respirar – perceba seu peito e diafragma movimentando-se). Comece com cinco respirações, e depois vá aumentado a freqüência e periodicidade;

b) faça exercícios regularmente – comece com uma caminhada ou ida a academia uma vez por semana, procure chegar a três. O “mundo” vai conspirar para que você não faça – tudo vai ser mais importante – assim, não pense, faça;

c) ocupe seu pensamento com o que esta acontecendo no momento. Para mim essa sugestão é uma das mais difíceis. Vivemos correndo atrás do próprio pensamento. Se não tivermos atividades e “coisas” para pensar, temos a impressão de que não estamos vivendo ou de que não vamos dar conta do que tem que ser feito etc. Viver e pensar o momento é um desafio!

Certo dia, li: “É difícil viver no presente, ridículo viver no futuro e impossível viver no passado. Nada é tão distante quanto a um minuto atrás” (Jim Bishop). Pare, respire, olhe e perceba seu corpo. Você não vai produzir menos por agir dessa forma.

Experimente e me conte. “A vida não é um ensaio de estresse” (Loretta Laroche). Sua carreira depende de sua disposição para ser realização.

Participantes

Quem sou eu

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Certificada pelo International Coaching Institute (ICI) – 2009 - # 449. Formada em Psicologia (UNIP,1979) e mestre em administração de empresas (EASP/FGV, 2000). Atua como psicóloga nas áreas clinica e organizacional desde 1979, e como coach desde 2006. Professora em cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia, Gestão do Conhecimento e Comportamento Organizacional desde 1999. Fluente em inglês. Para contato envie e.mail para sandrabmr@gmail.com @coachonyou (seu twitte de dicas) www.coachingforyou.com.br