Acredito que a maneira como lidamos com esses temas contribuem, de alguma forma, para o distanciamento que criamos da vida.
Vamos pensar juntos:
O que é frustração? É um sentimento de desprazer que acompanha o não atendimento a uma expectativa. Então acontece com frequência já que geralmente as nossas expectativas não são atendidas.
Se acontece com frequência, porque evitamos ou achamos que este sentimento é negativo? Porque generalizamos esse sentimento para outras situações que vivemos. Por exemplo, esperamos que uma pessoa fale conosco, esperamos fazer determinadas coisas no dia, achamos que seremos “bem tratados ou da forma como tratamos o outro”, queremos conseguir “lidar bem e sempre bem” com as adversidades, etc. São inúmeras as situações de exigências que nos colocamos. Como não conseguimos porque somos humanos, sentimo-nos frustrados, tristes, decepcionados e fracassados. Não bastasse provocarmos estas sensações, generalizamos o sentimento para o dia. Ai ficamos o dia inteiro, as vezes dias, tristes, desanimados e nos sentindo incapazes. E para complicar mais atrelamos essas exigências ou expectativas com felicidade.
Leiam novamente.
Não é um absurdo? Aonde aprendemos a agir assim? Se somos humanos, portanto passiveis de não conseguirmos, em uma ou mais tentativas, atingir um objetivo, isso não faz de nós um fracasso, ou incapazes. Isso quer dizer que para aquela situação, naquele momento, naquele dia, não conseguimos realizar um objetivo. E se quisermos podemos tentar novamente (se quisermos – já que o objetivo pode perder sua importância) e poderemos conseguir. E se não conseguimos, não é o “fim do mundo”. Somos muito mais do que um objetivo. Somos inúmeros objetivos. Não atingir um ou outro não é a totalidade do nosso ser!
Outro aspecto que esquecemos com frequência é o de que muitas (mas muitas mesmo) exigências e expectativas não são “verdadeiras”. São aprendidas, criadas pelo meio em que vivemos. Pense nisto: o seu objetivo é seu, ou é do meio, do trabalho, do companheiro, do pai, da mãe, do cachorro (pasmem, mas ate os bichos entram nessa – tem muita gente achando que seu animal precisa disso ou daquilo), etc.
Qual é o SEU objetivo, a SUA necessidade. Pare, reflita, tenha paciência para que a resposta venha “do coração” e não da mente (do que é aprendido). Se faça esta pergunta o tempo inteiro na busca pelo SEU objetivo. No começo vai ser mais difícil ja que você nao foi treinado para isso. Mas depois fica mais fácil. Tente, vale a pena. Tente por você. Você merece sossego!
Retomando nosso raciocínio inicial: porque carreira e frustração podem estar relacionados?
Porque carreira, no meu entendimento, é o que nos faz sentir uteis, fazendo a diferença, favorecendo o sentimento de realização e “dever cumprido”. É a nossa missão de vida. É a razão pela qual deveríamos acordar todos os dias. A carreira tem trilhas no trabalho, na vida social, na vida familiar, no lazer, enfim, nas diversas perspectivas da vida. Você precisa saber qual é a sua. Sabendo, vai se sentir menos frustrado já que vai tirar da frente o que aprendeu com os outros e virou expectativa e/ou exigência. E se aprendeu pode não ser SEU e não estar relacionado a sua carreira...
Além disso quando se frustrar (porque vai se frustrar – faz parte da vida), será pelo que realmente faz a diferença para você. E melhor, vai te ajudar a redirecionar suas escolhas atendendo às suas necessidades de carreira. Provavelmente momentos de frustração tornar-se-ão raros. E quando senti-los vai lembrar de que são úteis para você redirecionar o caminho de escolha do atendimento às suas necessidades de carreira.
E, além de viver melhor porque você vai tratar cada assunto de uma vez e no tamanho que deve e na importância que merece (SUA), vai diminuir os fatores estressores (que comentei nos dois posts anteriores), diminuindo a possibilidade de ficar doente como resultado do grau de estresse ocasionado pelo sentimento de frustração.
Você acha que este post foi importante para você? Espero seu comentário ou um e.mail no sandrabmr@gmail.com
Bom final de semana!