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Ola. Bem vindos ao espaço de reflexão sobre nossas carreiras. Comecem a pensar nas suas vidas como uma estrada a ser percorrida com satisfação. Juntos faremos das nossas vidas uma estrada da qual nos orgulharemos. Obrigada pela oportunidade da troca e do crescimento

2 de maio de 2011

Estresse contra a carreira

Ultimamente tenho ouvido e visto inúmeros colegas, familiares e clientes sob os efeitos do estresse, atrapalhando seus objetivos de carreira. O que me fez escrever este post foi que na última semana os efeitos sobre colegas de trabalho foram aneurisma grave, enfarto fulminante e acidente de carro. Estou perplexa como o estresse em alto nível está tomando conta das pessoas com que convivo. O pior é que muitos acham “normal - faz parte da vida” e não querem deixar de fazer certas coisas "porque vou perder dinheiro", ou “terei que encontrar novas alternativas e está bom assim".




Mas por que será que isso está acontecendo? Em grande parte pela cidade em que vivemos – São Paulo, capital – que favorece níveis de estresse contínuos, pela forma como o mercado de trabalho tem tratado o trabalho, e pela essência do funcionamento da economia de forma geral. Dessa forma, ficamos doentes e somos desviados de nossos objetivos de carreira, chegando muitas vezes a perder o foco em função, por exemplo, da ansiedade decorrente de alto nível de estresse. Já não é de hoje que muitos pesquisadores apontam o estresse como a doença do Século XXI.



Cabe ressaltar que o estresse muitas vezes é considerado um estado indesejável, mas a definição geral do termo diz respeito à reação esperada das pessoas às exigências feitas a elas. Esse estado psicológico em certo nível permite regular a motivação, o crescimento, o desenvolvimento e a mudança. O dano à saúde vai depender do nível e freqüência de estresse que a pessoa apresenta como resposta às demandas da vida.



Os efeitos físicos do estresse muitas vezes não são percebidos. A não percepção e assunção de que estamos sob estresse é que é o perigo. Altos níveis de estresse estão vinculados a um maior número de acidentes (Matteson & Ivancevick, 1982), pressão alta, problemas cardíacos, alta do colesterol, lesões, irritabilidade, depressão, descontrole emocional, ansiedade, aumento ou diminuição de peso, entre outros sintomas. Quando os sintomas aparecem devem ser tratados como sinais: a pessoa deve procurar ajuda para verificar o nível de consequência no corpo (exemplos: úlcera, problemas cardíacos, entre inúmeras doenças físicas). O ideal é procurar um médico, inicialmente, clínico geral e buscar um psicólogo que o ajude a reorganizar a forma como vive a vida, revendo fatores estressores, prioridades, expectativas, estilo de vida e resistências à diminuição dos fatores estressores.



Lutar contra o estresse requer coragem e determinação. Quantos clientes meus ouvi dizer que não têm como mudar a vida, ganhar menos, viver sem isso ou aquilo (referindo-se a bens materiais), que a empresa o obriga a trabalhar finais de semana e viajar constantemente (o que geralmente é fato – as empresas cobram seus funcionários até o limite sem muitas vezes prevenirem o absenteísmo), que o trabalho traz prazer (como se o ambiente de trabalho – o que inclui pessoas que nele convivem – fosse a vida da pessoa), entre outras racionalizações que têm por objetivo justificar que trabalhar é necessário e tem que estar acima de tudo, de todos e até da sua própria saúde. Imaginem que recentemente ouvi de uma pessoa, quando a parabenizei pelo novo cargo de diretor que havia assumido, que havia estado recentemente em um hospital com suspeita de enfarto tratando do fato com se fosse algo comum, desvinculado do seu estilo de vida. Chegou a me surpreender.



Chega a ser chocante a forma com que muitos têm concluído sobre seus sintomas de estresse, reagindo de forma anestesiada ao que lhes acontece. Conseqüentemente, além de ficarem doentes, distanciam-se de sua carreira, separam-se ou distanciam-se da família, amigos e experimentam alto nível de insatisfação. Às vezes, em um momento de lucidez dizem: "perdi o controle sobre a minha vida". Momento de lucidez que não passa de um momento.



Sucesso na carreira sem saúde é sucesso?





5 comentários:

  1. Sandra....vc foi minha professora em Gestão empresarial, e de tanto ouvir vc falar em psicologia cognitiva foi que percebi o quanto precisava de ajuda muito mais de que me capacitar para capacitar e ajudar meus liderados....se naquela época não tivesse aberto meus olhos, talvez hj o estresse tivesse me levado para um lugar muito mais distante do que estou hoje, estou desenvolvendo empreendedorismo, porque já desenvolvia esse lado e como executiva estava "cansada" ou estressada, hoje estou tratando de uma doença grave deixada pelas sequelas do estresse nivel III, colegas vamos colocar nossa carreira no trilho certo, e dar valor àqueles que amam " sua
    profissão" Parabéns Sandrinha pela profissional que vc é (Dil Costa). Economista.

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  2. Sandra - você estava falando de mim? Perdi o controle da minha vida! Mas como retormar voltar a ser o que era antes? Parece que não tem retorno??!! Beijos - Claudinha

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  3. Ola.
    Gostei muito de ter você comentando o meu post.
    Quero muito poder falar com você, e saber de você.
    Quando puder me ligue.
    Quanto ao que escreveu, acontece com muitos de nós: nos envolvemos de tal forma com o trabalho que começamos a aceitar que o estresse em excesso faz parte, "que é assim mesmo". Chega um momento que o estresse faz com que agente perca o controle sobre nós mesmos, tornando-se um grande perigo. Sair dele, mesmo que da forma que saiu, e aprender que este não é o melhor caminho para nós, e mudar a maneira de viver, é agir com sabedoria.

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  4. ola Sandra,
    tenho um caso na minha familia de doença causada por estresse. Antes de meu pai sofre um serio problema no coração, para ele era muito normal ficar horas e até dias trabalhando sem descançar e não ter tempo para ele. Hoje depois de quase morrer, ele coloca em primeiro lugar a vida dele e a familia dele. Emprego não é mais prioridade porque ele viu que existem coisas mais importantes na vida e corre atras do tempo perdido para viver pra si mesmo.
    Abraço!!

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  5. Seu pai recuperou a vida dele da maneira mais difícil e arriscada. Mas conseguiu. E tem sido um exemplo para você e aqueles que gostam dele na busca por permanecer saudável. No meu dia a dia atendendo pessoas noto que além das pessoas resistirem a mudar suas escolhas (como se houvesse uma resignação pela vida que levam), procuram aumentar os fatores estressores (como o trabalho por exemplo), levando-as a se distanciarem cada vez mais da experiência do viver uma vida tranqüila. Chegam a "desaprender"o que isto significa. Vou escrever sobre frustração, carreira e sentimento de ˜dever cumprido". Acredito que esses temas contribuem, de alguma forma, para o distanciamento que criamos da vida.

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Certificada pelo International Coaching Institute (ICI) – 2009 - # 449. Formada em Psicologia (UNIP,1979) e mestre em administração de empresas (EASP/FGV, 2000). Atua como psicóloga nas áreas clinica e organizacional desde 1979, e como coach desde 2006. Professora em cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia, Gestão do Conhecimento e Comportamento Organizacional desde 1999. Fluente em inglês. Para contato envie e.mail para sandrabmr@gmail.com @coachonyou (seu twitte de dicas) www.coachingforyou.com.br