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9 de maio de 2011

Estresse contra a carreira - parte II


A maioria de nós acredita que esteja estressado (até porque viver em São Paulo já contribui...), mas acha que se tirar umas ferias resolve. No entanto isso não vai acontecer (desculpem-me a franqueza). Não vai porque se a pessoa não agir sobre os fatores estressores, volta do período de férias melhor, mas dali a um mês esta apresentando sintomas de estresse novamente.

Vamos ver como a literatura pode nos ajudar. Selye (1974) definiu estresse como a resposta não especifica do organismo a qualquer demanda que lhe é feita. Trata-se de um estado psicológico que, em níveis desejáveis (esperados e saudáveis) permite a regulação do individuo e sua adaptação ao meio. Para Morin essa resposta não específica do organismo se articula no tempo em conformidade com uma síndrome de adaptação que compreende três fases: reação de alarme, fase de resistência e fase de esgotamento (2009). Isto significa que o estresse apresenta diferentes níveis, estados ou fases.

Na reação de alarme o nível de resistência desce abaixo do nível normal já que o organismo reage ao agente estressante e prepara uma resposta psicomotora de fuga ou luta. Este tipo de reação desperta alterações neurofisiológicas associadas à primeira exposição a esse estimulo tais como sudorese, taquicardia. Mas passada situação o organismo retoma sua normalidade.

Na fase de resistência o organismo se adapta ao agente estressor, e a pessoa tem a impressão de que domina a situação. Considero esta fase “perigosa” pois a pessoa acha que esta “normal”.   Acha que, por exemplo, estar constantemente prevenida, ou desconfiada, ou alerta é “normal”. Independentemente  do estar ou não acontecendo algo que seja estressante, age como se este estimulo fosse presente (a pessoa preocupa-se, vive preocupada, imaginando que algo possa acontecer). Nesta fase é costume achar que o estresse vai passar, sendo só uma questão de tempo. Mas como vai passar se não mudamos nada. Se não agimos para evitar ou minimizar os fatores estressores?

Em seu estado mais agudo ou intenso, reconhecido como fase de esgotamento, o nível de resistência da pessoa cai bem abaixo do nível normal, ficando doente facilmente. Dessa forma o individuo contrai gripes, resfriados, apresenta crises de ansiedade, mal-humor, irritação entre outros sintomas, com frequência. Além disso pode ser acometido por doenças mais graves como enfarto, depressão, síndrome do pânico, entre outras. Neste estado de estresse – fase de esgotamento – o organismo pode sofrer danos irreparáveis.

Considerando o exposto, em que fase ou estado você se encontra? Pare, reflita sobre a forma com que tem levado a vida. Identifique o que te estressa (desde “pequenas coisas até maiores). Vá tirando da sua vida. Se a torneira pinga, arrume. Se seu escritório precisa de arrumação, arrume. Reforço: identifique o que te estressa. Faça uma lista, e vá resolvendo – mas coloque um prazo. Temos uma resistência enorme a agir a nosso favor (por incrível que pareça).  Há coisas na vida mais difíceis de “tirar” (marido, esposa, filhos, trabalho, etc.). Mas pense como pode melhorar, minimizando seus impactos.  Além de tirar ou minimizar os impactos dos fatores estressores, faça atividade física, participe de atividades culturais, dedique tempo ao lazer, marque um café com amigos. Pense o que você gosta de fazer. Imagine situações possíveis (de acordo com seu orçamento) e programe sua realização. Essas atitudes vão ajudá-lo a prevenir o estresse das ultimas duas fases. Procure se acostumar a ficar bem. Vejo muitas pessoas achando normal ficarem estressadas, mal e cansadas.  A sua qualidade de vida é sua responsabilidade.

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Boa semana a todos!




3 comentários:

  1. Professora Sandra,

    Adorei o post! Não se desculpe por sua franqueza, afinal, é ela que nos faz pensar no que de fato estamos deixando a desejar na contribuição pela nossa qualidade de vida.
    Bjs

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  2. Sandra - conheço a menina Karen Keller do RH, ela tem razão, não se desculpe, é verdade... uma coisa é certa, nesta semana fiz coisas incríveis a respeito do meu problema e algumas soluções foram encontradas na organização de coisas físicas e dormir... dormir é maravilhoso!
    Cortei grama e plantei umas flores... isso me deu muita satisfação.

    Beijos e Obrigada sempre

    CLaudinha Ramos

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  3. Vocês me deixaram feliz. Para cada um de nós a vida tem um (ou vários) significado (os). Quero dizer, somos a possibilidade do viver momentos e experiências diversas. Temos que descobrir o que nos faz feliz, dá prazer, como cortar grama, plantar flores, fazer as pessoas refletirem, vibrar com o sucesso da descoberta (resultado da reflexão), etc. São, muitas vezes, "pequenas coisas"... (que parecem "pequenas" mas não são!). Isso nos alimenta, ajuda a evitar fatores estressores, e pode ajudar a evitar o estar em estresse. Obrigada pelos comentários!

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Certificada pelo International Coaching Institute (ICI) – 2009 - # 449. Formada em Psicologia (UNIP,1979) e mestre em administração de empresas (EASP/FGV, 2000). Atua como psicóloga nas áreas clinica e organizacional desde 1979, e como coach desde 2006. Professora em cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia, Gestão do Conhecimento e Comportamento Organizacional desde 1999. Fluente em inglês. Para contato envie e.mail para sandrabmr@gmail.com @coachonyou (seu twitte de dicas) www.coachingforyou.com.br