No post anterior disse ser a frustração um sentimento de desprazer (estado afetivo menos intenso e mais durável do que as emoções), resultado do não atendimento a uma expectativa. Dessa forma nos frustramos porque não temos nossos desejos atendidos. Esse sentimento é percebido como desprazer, dor, raiva, mágoa, contrariedade e ódio. Também afirmei que costuma ser frequente já que geralmente não temos nossas expectativas atendidas.
A maioria de nós tem dificuldade em lidar com a frustração e permanecemos no sentimento por um tempo maior do que o necessário. Talvez uma das respostas esteja na nossa educação. Deveríamos ter aprendido que não ter nossa vontade atendida não é o fim do mundo, que faz parte da vida, e que portanto deveríamos sentir frustração no momento e não por momentos. Nossos pais deveriam ter nos ensinado que a vida é assim: há ocasiões em que temos o que queremos e há períodos que não. E que, portanto, a vida é uma sucessão de ocasiões de prazer – quando conseguimos o que queremos, e de frustração quando isso não acontece. Obviamente não são todos os pais que educam assim. Há aqueles que tem mais dificuldade de lidar com o não atendimento às suas expectativas, negando e evitando o sentimento pois acreditam que é ruim. Dessa forma passam o mesmo para os filhos. E há aqueles que encaram momentos de não realização de desejos como algo natural, e não atrapalham os filhos ensinando-os a experimentar a frustração com algo ruim e que deve ser duradouro.
O que temos que fazer? Sentir o sentimento e usar o pensamento para refazer o modelo de reação, ou seja, pensar que é só um momento, que nem sempre conseguimos o que queremos e que a vida é assim. Não é o fim do mundo, não vai acontecer nada, não vai ser pior ou melhor se vez ou outra não tivermos o que quisermos.
Manter o sentimento de frustração tem a função de nos deixar sentindo mal, baixar nossa autoestima, fazer com que nos sintamos incapazes. Não muda em nada a realidade. Será que você merece se sentir mal sem necessidade? Refaça a forma de perceber os desejos e expectativas não atendidos encarando-os como fazendo parte da vida e do viver.
Você já pensou nisso? Se sim, como este assunto tem afetado a sua carreira?
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