Sejam bem vindos!

Ola. Bem vindos ao espaço de reflexão sobre nossas carreiras. Comecem a pensar nas suas vidas como uma estrada a ser percorrida com satisfação. Juntos faremos das nossas vidas uma estrada da qual nos orgulharemos. Obrigada pela oportunidade da troca e do crescimento

8 de setembro de 2013

Competência é um agir inteligente.

Muitos de nós ficamos achando que a empresa não nos valoriza, que somos super competentes e que a empresa nem percebe e reconhece. Pois é... Ocorre que quem define o que é ser competente é a empresa em que você trabalha no momento, o ambiente em que você exerce seus conhecimentos e comportamentos, e a equipe com a qual trabalha (o que inclui o seu gestor). Dessa forma procure mudar o referencial para avaliar sua competência. Olhe para fora: identifique quais são os desafios que a empresa esta lhe oferecendo, observe as pessoas com as quais você esta trabalhando, e entenda o que esperam de você. Ficar pesando que a empresa e a sua posição poderiam ser diferentes não vai acontecer. Ser competente pressupõe capacidade para lidar com mudanças de cenário e agir de forma alinhada com as demandas da sua posição e empresa de forma flexível e ágil. Competência é um agir inteligente. Olhe para fora e pare de querer que seja como você quer: não vai ser. Aprenda a aprender. Se o que você olha você não gosta, mude porque a empresa não vai mudar para atender ao como você quer ser competente. Pense nisso.

Rejeição: sentimento ou pensamento?

Rejeição é um sentimento provocado por um sentimento ou por um pensamento? E quando está “realmente” ocorrendo? Tenho visto pessoas sofrerem por se sentirem rejeitadas e/ou por imaginarem uma situação em que serão rejeitadas. Ou até por se sentirem constantemente rejeitadas. Mas o que isso pode ser? Afirmo que na maior parte das vezes é uma produção mental. Pensamos na palavra rejeição e produzimos o sentimento e até fantasias a respeito do tema (fantasias já que não estamos vivendo a situação e sim criando). Provavelmente vivemos e/ou passamos por situações em que de fato fomos rejeitados ou interpretamos que fomos (não necessariamente fomos). Se passamos e/ou vivemos situações de rejeição porque mantemos o sentimento mesmo a situação tendo passado? Porque mantemos o sentimento como que antecipando situações futuras? Talvez com a intenção de evitarmos futuro sofrimento ou talvez porque não queiramos “esquecer” a situação para termos motivos para mantermos o afastamento em relação às pessoas. Ou talvez outros motivos. De qualquer forma manter o sentimento tem a função de nos defender do presente – pense nisso. E se interpretamos como rejeição situações que passamos e/ou vivemos é porque nossa percepção faz uma leitura (geralmente viesada) do que esta acontecendo e um “tradução” criando significado (geralmente incompleto) da realidade. Vai depender do como a percepção interpreta os fatos da “verdade”/"realidade" sobre se fomos ou não de fato rejeitados. Parece complexo, e é. Nossa mente é complexa. Mas o que posso dizer é: “desconfie” de sentimentos “automáticos” despertados por construção de idéias (qualquer que sejam elas) – elas têm a função de criar “realidades” e evitar a realidade, e de nos fazer sentir mal (ou bem) “descolados” do presente. Pensamentos "automáticos" geralmente são crenças e tem uma função. Procure se conhecer para entender melhor o que te leva a se sentir de determinada forma e a manter o pensamento ocupado com sentimentos "fixos" e até "permanentes" criando uma defesa contra o presente. Esse mecanismo ocorre com relação a rejeição e outros sentimentos. Viver bem depende do controle que temos sobre nós mesmos o que por sua vez depende do entendimento da construção do pensamento e da leitura que fazemos do que esta ocorrendo bem como das historias que vivemos e que nos levaram a “enxergar” a vida sobre determinadas “lentes”.

O coach e o coaching

Coach significa treinador. O mundo organizacional importou essa palavra do esporte para identificar o profissional que se compromete a apoiar pessoas que buscam alavancar seu desempenho no mundo do trabalho onde sua aplicação é mais conhecida. Também é possível se ter um coach para direcionar esforços em outras esferas da vida tais como relacionamentos pessoais, atividade física, controle de peso, relacionamento familiar e de casal, entre outras. O coach, nesse contexto, é um profissional que não só se compromete com os resultados que o seu cliente quer (coachee) mas com o desenvolvimento e realização do mesmo. Além disso, faz parte do trabalho de coaching a transferência de metodologia para que o coachee possa manter sua conquista e/ou aplicar esse método em outras frentes (competências) que achar importantes para seu sucesso pessoal e profissional. O caochee como resultado do trabalho de coaching, além de conseguir atingir uma determinada meta, descobre aspectos a seu respeito que o ajudam a lidar melhor com os obstáculos que a vida impõe, aumenta sua auto estima porque descobre potenciais que desconhecia antes, melhora o gerenciamento das suas inseguranças porque desenvolve maior controle sobre si mesmo, reconhece e a aceita com mais facilidade seus limites, e descobre como resultado do autoconhecimento provocado pela experiência no método soluções pessoais e profissionais que ignorava. Vale ressaltar que muitas pessoas têm, atualmente, utilizado o coaching para galgar novos caminhos em suas carreiras.

Psicoterapia: conheça para escolher.

Falo em psicoterapias porque temos uma imensidão de abordagens em psicoterapia no campo da Psicologia. Muitas vezes nem mesmo o psicólogo consegue definir a linha que segue já que pode desenvolver seu trabalho com base em diferentes abordagens - desde que não sejam incompatíveis e atendam à necessidade de desenvolvimento do seu cliente com vistas à "eliminação" de seus sintomas. Eu, por exemplo, já estudei muito, apliquei algumas abordagens (iniciei em clinica na linha reichiana), obtive sucesso muitas vezes, e insucesso em outras. Hoje uso de duas teorias para fundamentar meus atendimentos (e nao uso mais a reichina). Tratar o ser humano é muito complexo. E considerando que a psicoterapia é aplicada por um ser humano, esbarrando no seu entendimento e possibilidade de aplicação, alguns formatos na prática diferenciam-se entre si. Muitas vezes uma pessoa procura um colega e depois me procura e quer saber porque é tão diferente já que tudo é psicoterapia. Difícil de explicar, até porque não conheço profissionalmente o profissional que a atendeu. Então seguem algumas dicas: 1. converse com o terapeuta. Faça com que ele explique como trabalha, qual base teórica usa, qual a formação que tem e como tem se atualizado. O profissional deve procurar ser simples e claro (o que é bem difícil dado o tema: pessoa - sentimentos, comportamentos, personalidade, etc). Mas precisa conseguir para que o cliente possa ter o direito de escolha. 2.buque confirmar a formação e consulte o conselho de classe para saber se está inscrito e regular (no caso o Conselho Regional de Psicologia). 3. procure ter certeza de que houve uma empatia: você se sentiu ouvido e compreendido? Sentiu-se bem com a pessoa? Gostou da forma como o profissional coloca os temas para você, fazendo com que você se sinta respeitado e acolhido? Itens fundamentais! Ouso dizer que se isso não ocorrer o sucesso do tratamento estará profundamente comprometido. 4.durante as primeiras sessões o profissional mantém o respeito e isenção de valor quanto ao seu jeito de ser e suas necessidades? Mude logo se isso não ocorrer. Psicoterapia é técnica (método). 5.os resultados em psicoterapia podem demorar a serem perceptíveis já que somos muitos complexos, mas já dá para ter a sensação de bem estar aumentada se você se sentir apoiado, acolhido e respeitado nas suas questões pessoais . Isso já é um resultado porque trilhar momentos difíceis sozinho, sem ajuda técnica, nos traz insegurança e sentimentos de "abandono"e "rejeição" (esses ou outros). 6. por fim: procure referencia com quem já passou com o profissional ou está em processo terapêutico com algum profissional. Isso contribui para com uma "visão"critica do tratamento. É a sua vida. Portanto questionar o trabalho é importante. E seu direito.

Psicoterapia: porque fazer?

A psicoterapia é um método de tratamento mais conhecido para tratar dificuldades que as pessoas têm de ordem psicológica, afetiva, social e mental. Esse método tem por base técnicas comprovadas cientificamente que contribuirão para com a melhoria do bem estar geral das pessoa. Existem varias linhas em Psicologia Clinica que propõem métodos diferentes em psicoterapia. Mas o objetivo é sempre o mesmo: melhorar da saúde do cliente. Durante muito tempo a psicoterapia ficou restrita aos "doentes": pessoas com depressão, ansiedade, medo, dificuldades de relacionamento social e pessoal, entre outros "dissabores" humanos (estados que não gostamos de sentir e/ou de vivenciar). Hoje não é assim. Fazer psicoterapia ajuda a prevenir esses "dissabores" já que esses são resultado da dificuldade que a maioria de nós tem de lidar com pressões do dia a dia. E os dias atuais não têm ajudado em nada já que a vida anda cada vez mais estressante. Temos sido cobrados a mudar e a suportar pressões diárias nocivas à saúde. Assim, fazer psicoterapia só nos ajuda. Nos ajuda a viver melhor favorecendo momentos de reflexão tão necessários para tomarmos decisões que nos sejam mais adequadas, e nos ajuda a nos conhecermos mais aumentando nossa auto estima e prazer de viver. Psicoterapia é para todos. Viver bem depende do auto conhecimento e a psicoterapia tem no auto conhecimento sua base para análise. Pense nisso. Querendo saber mais é só perguntar.

Administre seu tempo: aproveite a sua vida.

Como fazer para administrar seu tempo e evitar o estresse? Anote em um papel, de 30 em 30 minutos, o que você faz todos os dias. Com essa ação você vai identificar o que tem feito ajudando-o a fazer um diagnóstico. Não esqueça de colocar o tempo usado com locomoção e suas atividades diárias tais como alimentação e cuidados com o corpo. Agora dê uma nota para cada atividade sendo 1 para a mais importante e 7 para a menos importante. As notas de 2 6 devem ser usadas para ajudar a definir o grau de importância. Aquelas que são “inevitáveis” dê 1, tal como almoçar e jantar (lanchar). Como você deve ter notado tem coisa a mais do que é possível caber no tempo físico. Agora você vai ter que tomar decisões: o que é realmente importante para você? Distribua no tempo real (físico). Aquelas atividades que você assumiu “sem poder”, termine e não assuma mais já que o tempo físico é limitado – tem horas: não tem jeito.... Temos que ser realistas e fazer o que é possível de acordo com o tempo real (horas disponíveis). Se você fizer isso, vai colher benefícios tais como melhora do sono, do humor, da satisfação (porque vai conseguir terminar o que é importante para você), talvez deixe de ficar doente (se tiver a tendência de somatizar sob estresse) já que sua resistência física vai melhorar, vai se sentir melhor – mais motivado. Fica a dica: seja realista e consciente nas suas escolhas do que deve fazer e do que é necessário. Aceite o limite do tempo. Você vai viver muito melhor e aproveitar a vida. Querendo uma ajuda escreva para contato@coachingforyou.com.br O coaching tem se mostrado um método eficaz para a descoberta do como administrar o tempo e desenvolver comportamentos para um viver melhor.

Personalidade: é bom agente conhecer a nossa.

Sabermos qual é nossa personalidade pode nos ajudar na nossa adaptação ao trabalho, amigos e parceiros. Falar em personalidade certa ou errada, forte ou fraca é um equivoco. O melhor é dizermos que a personalidade está mais ou menos adequada a determinadas situações, contextos e culturas. Em sendo um conjunto de traços psicológicos relativamente permanentes e organizados de forma própria ela se revela em cada interação da pessoa com o seu meio ambiente individualizando a maneira de ser, pensar e agir de cada um de nós. Embora o conceito aparente ser estático na prática não é já que na sua expressão a personalidade pode aparentar mudanças de acordo com a interação entre ela (seus traços) e o meio externo e interno, e do como esses traços se organizam a cada momento. Dai que medir a personalidade pode ser "duvidoso" pois vai depender não só da base teórica que o teste usa bem como da situação em que a pessoa se encontrava (estado emocional, físico e psíquico; estresse; situação/estímulos, entre outros) quando fez o teste. Mas pode ajudar a entender/reconhecer desde que a pessoa lembre de que se trata de uma medição e de que foi feita num determinado momento relativisando o resultado. Nós e uma pessoa não somos assim, estamos sendo assim e na maior parte das nossas vidas aparentamos ser de uma determinada forma, tendenciando a um padrão constante, previsível e repetitivo de comportamentos.

Empregabilidade: dicas para desenvolver ainda mais...

Muito se fala sobre empregabilidade e já faz tempo. O fato é que temos que desenvolvê-la, não tem jeito. O mercado de trabalho nunca esteve tão competitivo. Se você quer um bom trabalho e/ou se manter em um, tem que investir nela a despeito do estresse que possa causar. Falarei sobre isso em outro post. Ser empregável requer muita dedicação e a certeza de que se não entender o que querem de você e qual a sua carreira, você pode não ter um trabalho amanhã. Para ser empregável você deve, de preferência, unir às suas decisões de desenvolvimento o entendimento de sua vocação, talento ou aspiração; saber quais competências têm e quais deve construir considerando tendências do mercado de trabalho; investir na sua saúde (psico, emocional, física e espiritual); "proteger" sua vida financeira ("pé no chão" nunca é demais); e, manter uma rede de relacionamento identificada como relevante para promover a sua empregabilidade. Então, mãos a obra: faça 4 colunas. Na primeira coloque tudo o que deve ter para ser empregável. Na segunda, considerando seu momento atual, dê-se uma nota de um a dez, onde um é a menor e dez a maior nota. Na terceira coloque a nota que quer se dar dentro de 6 meses a um ano (mas seja realista e saiba reconhecer que tudo tem seu tempo). E por fim, na quarta, identifique uma ação para "chegar lá" (coluna 3).

Dicas de carreira na Revista Exame.

Os textos que estao no link http://exame.abril.com.br/topicos/dicas-de-carreira dispensam comentários. Valem a pena ser lidos e utilizados como reflexão para o nosso dia a dia do trabalho. A opinião de vocês é muito importante para que façamos dessa matéria um ponto de encontro para troca de experiências e pontos de vista.

Carreira: pense bem!

Refletir para agir: essa tem sido a frase que enfatizo para os meus clientes coachees que querem mudar de empresa. Antes de mudar, pedir demissão ou provocá-la (evite fazer isso), pense bem! Conheça qual sua âncora de carreira, suas aspirações e motivações, seus objetivos. Avalie o quanto você está ou não contribuindo para com que estejam sendo atendidos ou não. Em meus atendimentos tenho observado que muitas vezes a pessoa por não ter claros os temas mencionados não se posiciona adequadamente na empresa boicotando oportunidades que poderia ter. Deixar a empresa em que estamos trabalhando nem sempre é o caminho. Temos que refletir, nos conhecer melhor e avaliar o que queremos e o que estamos efetivamente fazendo para atingir (ou não). Se, após essa reflexão, concluirmos que a empresa não tem ambiente e não oferece oportunidades para nossa realização profissional, devemos traçar um plano de ação para a transição do qual faz parte escolher as empresas que gostaríamos de trabalhar. Sair de onde estamos para repetir o que estamos passando hoje não faz sentido. O coaching é um processo que contribui para com que a pessoa tome decisões "com pé no chão" evitando causar a si mesma mais insatisfações do que as que esta passando. Refletir para agir: seja sábio! Cuide de você - evite o estresse da mudança não planejada.

Os desafios da vida

A vida é feita de desafios constantes, diários e ininterruptos. Todos sabemos disso, embora nem sempre gostemos de enfrentar nossos desafios (ou seja, a nós mesmos). O meu trabalho tem sido favorecer o desenvolvimento das pessoas, o que nem sempre é fácil, porque geralmente as pessoas têm dificuldade de mudar. Mesmo quando a mudança é imprescindível (por exemplo, manter uma posição/cargo), relevante (por exemplo, para realizar um sonho pessoal ou de carreira) ou necessária (questão de saúde para resolver, por exemplo, crises de ansiedade ou depressão), é difícil. Nós humanos preferimos ficar onde estamos mesmo que onde estejamos não seja tão bom. Mas viver os desafios é inevitável. Se você não vive agora, vai vivê-los em algum momento. Não tem como evitar. A vida não dá trégua. O que podemos (e muitos de nós fazemos) é protelar. Mesmo que nos custe caro. Mas a vida cobra de algum jeito e esse jeito muitas vezes é a nossa própria consciência do que estamos perdendo da experiência do viver, e repetindo nossas tristezas e insatisfações. Tenho tido a oportunidade de trabalhar com pessoas que se propuseram a enfrentar suas resistências e a procurar forças para a mudança com o objetivo de alcançar seus sonhos e aspirações, pois descobriram que podem ser melhores do que são hoje. Além disso, descobriram que podem se deliciar com cada conquista, vivendo melhor, sendo mais satisfeitas e aproveitando o gosto da vitória sobre si mesmas, muitas vezes melhorando a vida de muitas outras pessoas. A todos os meus clientes e coachees parabéns pela coragem, e obrigada pela oportunidade de participar de suas vidas, comemorando as mudanças conseguidas e as vitórias vividas.

Liderança: querendo que o outro dê certo.

Existem vários conceitos, teorias e pesquisas sobre liderança. Esse assunto vem sendo estudado a mais de um século. Neste post quero abordar liderança tendo por alicerce o exercício da ética. Assim, liderar é querer que o outro dê certo, que tenha tanto ou mais sucesso que você, e que para ele conseguir fazer o que precisa ser feito você precisa dar apoio e ser ético. Você poderia nesse momento me perguntar: mas porque eu quereria que o outro desse certo. Porque os estudos mais recentes sobre liderança têm demostrado que ser ético (no sentido de agir para e querer o bem do outro, do grupo e da sociedade) desenvolve o sentimento de confiança e esse é fundamental para que o outro dê o melhor de si, faça o melhor que pode fazer e sinta-se respeitado e valorizado. Considerando-se que o conhecimento das pessoas é fundamental para a produtividade, o líder que desperta e cultiva a confiança por meio do exercício da ética tem acesso ao conhecimento das pessoas que com ele trabalha, favorecendo ambientes de compartilhamento e colaboração, fundamentais para o trabalho em grupos e equipes. Considerando esse tema, convido os leitores a pensar que essa atitude (ser líder querendo que o outro dê certo) pode ter efeitos semelhantes nos ambientes familiares e de amizade.

Ser pai ou mãe: uma papel que devemos desempenhar

O titulo deste post não traz nenhuma novidade. Todos que somos pais ou mães sabemos que temos que desempenhar um papel. Mas será que sabemos que temos, e que esse papel tem que ser exercido de forma intencional algumas vezes? Acho que não. A maior parte das pessoas que conheço age como pais e mães como parte da vida - vão vivendo, "engolidos" pelo dia a dia. Além disso, não tomam a responsabilidade da formação de suas crianças de forma pensada, ou seja, dedicando todos os dias um tempo especifico (definido/determinado) para exercer esse papel. Ser pai ou mãe é desempenhar efetivamente um papel de mediador na formação das crianças. Imagine que você seja um professor e que vai dar uma aula. Assim como o professor, você precisa parar o que está fazendo e dar atenção à criança. E também deve parar e dar atenção quando a criança pede esse momento. Faça isso (parar e dar atenção de forma programada - no seu tempo; e parar e dar atenção quando solicitado) pelo menos uma vez por dia. Com certeza você estará desempenhando seu papel e contribuindo para com o desenvolvimento psicossocial de seus filhos. Dizer que não tem tempo é não exercer seu papel e faltar com sua responsabilidade para com o desenvolvimento de seus filhos. Fazendo isso, você vai ajudar seus filhos a serem mais saudáveis e, provavelmente, mais felizes, pois se sentirão protegidos, acolhidos e cuidados, o que certamente os ajudará a estabelecer relações saudáveis com o mundo. Ter filhos requer dedicação, atenção, disponibilidade e responsabilidade. A saúde das crianças depende da "ajuda" que efetivamente tiverem, dos pais em especial, para se desenvolverem, conhecerem o mundo, construírem relações e estabelecerem vínculos. Muitas vezes uma criança inquieta, "hiperativa", irritadiça, "chorona" e “rebelde" está se comportando assim porque está demonstrando que falta seus pais terem momentos efetivamente dedicados somente a elas. Pense nisso e faça sua parte.

Da tristeza e do bem estar

Somos cobrados diariamente para mostrarmos sucesso, demonstrações de alegria e “alto-astral”, disposição constante, corpo escultural, pro-atividade, entre outros estados “maravilhosos” de saúde e alegria duradouros. Como se isso fosse natural! Essa cultura do êxito e “alegria” nos é transmitida desde crianças, quando somos educados a sermos triunfantes, bem sucedidos, animados e até eufóricos. Não há lugar para o fracasso, a tristeza, a dúvida ou a problematização. Portanto, não aprendemos a lidar com a perda, o luto, a frustração e a tristeza. O que interessa é o momento imediato, a experiência espetacular. O estar sempre bem. E se não conseguimos, temos à disposição poderosas soluções para a falibilidade humana produzidas por grandes laboratórios farmacêuticos que prometem (e cumprem) saídas mágicas para estados de tristeza, estresse, angústia e cansaço resultantes desse estado de cobrança de uma sociedade que nos exige resultados “positivos” 24h por dia, 7 dias por semana; bem como para estados provocados por perdas e lutos reais pelos quais passamos em maior ou menor grau todos os dias (desde o não atendimento a desejos e necessidades diárias até a perda de pessoas queridas). Também temos à disposição drogas ilícitas, comercializadas pelo narcotráfico. Ou seja, um arsenal para evitar sentimentos tidos como ruins. E assim vivemos na contramão do que é ser humano. Como resultado, vivemos ansiosos, insatisfeitos, com baixa autoestima e inseguros. Fazem parte da natureza humana sentimentos de perda, luto, frustração e tristeza pela impossibilidade de realização de nossos desejos e atendimento às nossas necessidades, bem como sentimentos de dor pela falta. Precisamos sentir a tristeza, a dor, o vazio, a frustração. Precisamos chorar. Esses sentimentos são humanos e precisam ser vivenciados. A falta da permissão em senti-los pode contribuir para o surgimento de sintomas depressivos e estados de melancolia, quando não levam à depressão ou outras doenças. Como você pode não estar mais acostumado a se autorizar a ter essas experiências, comece reconhecendo que são importantes por ser da nossa natureza. Não se ache um ser estranho se elas vierem à tona, muito menos julgue-se um desajustado ou “problemático”. Aos poucos volte a conviver com elas e, portanto, com você mesmo. Brigue menos contra sua natureza e evite criticar-se quando das vivências desses sentimentos. Aos poucos você vai notar que, da experiência vivida (e não negada), resulta um bem-estar, uma tranquilidade e, por que não, uma ampliação das possibilidades de suas experiências de vida.

Ansiedade

Tem sido comum as pessoas chegarem para mim comentando que estão ansiosas. Dizem: "Não quero ser ansiosa". Provavelmente estão se referindo à ansiedade em excesso. Aquele sentimento ruim, que faz mal, da taquicardia, agitação, etc. Deixar de ficar ansioso não é possível. Eu já havia comentado sobre este assunto em janeiro deste ano em http://www.coachingforyou.com.br/category/blog/estresse/ Mas gostaria de comentar a força que o conteúdo do pensamento tem sobre o estado de ansiedade. Note que muitas vezes as situações nas nossas vidas nem aconteceram e já estamos angustiados pelo que pode vir a ocorrer. Quando mentalmente antecipamos situações construindo pensamentos antecipatórios favorecemos o estado de ansiedade acima do razoável para o viver bem e motivado. Assim precisamos gerenciar o conteúdo do nosso pensamento! Procure controlar o que pensa buscando manter-se no presente e ocupando o pensamento com o que acontece no presente. Uma forma que pode ser mais fácil é prestar atenção no corpo e na respiração. Achar que pensando no que pode acontecer vai evitar o acontecimento ou vai aumentar o controle sobre o que pode acontecer é uma armadilha. Cuidado. Evite! Fazer isso só vai te enfraquecer e resultar em maior grau de ansiedade. Fique no presente, preste atenção no que esta acontecendo. Perceba sua respiração.

Conflitos

Os conflitos nascem como resultado da tentativa que fazemos, quando criança, de sermos o que achamos que temos que ser para sermos aceitos e amados por nossos familiares, em especial pai e mãe. Mas isso não significa que deixamos de ser o que somos. Aparentemente demonstramos o que achamos que os outros querem, abafando o que somos (vejam meus dois últimos posts em bem-estar) e passamos a acreditar que somos aquilo que nos tornamos na busca pela aceitação. Mas como abafamos o que somos, vivemos em conflito, e muitas vezes angustiados e insatisfeitos. A Psicanálise da grande peso à necessidade de amor e aceitação que precisamos de pai e a mãe, e coloca a origem do conflito na adaptação que fazemos inconscientemente para termos esse amor. Assim: "vou ser como eles querem para que gostem de mim e não briguem comigo". Minha pratica tem demonstrado que não só pai e mãe têm esse peso na formação da identidade da criança. Avós, cuidadores (empregados/babás) e amigos de infância também. Ocorre que ficamos nessa busca interminável pelo amor dos adultos, encontrando dificuldade em largar comportamentos que desenvolvemos de forma defensiva quando criança e, assim, repetimos o que construímos na infância como forma de defesa dos nossos sentimentos na busca pela aceitação dos adultos que nos cercam. Isso quer dizer que a neurose do adulto esta diretamente relacionada com os caminhos que a criança encontrou para se defender da dor causada pelo conflito em que se coloca e é colocada em seu ambiente de infância, e a perda da ilusão de que não será amada como achava que seria por conta da dependência que teve. Dessa forma a neurose se caracteriza pela repetição das respostas infantis que se tornam "cristalizadas" na mente o que nos leva sentir com freqüência como nos sentíamos quando criança, e a vivermos em constante conflito entre o que somos e o que nos tornamos. O processo terapêutico nos ajuda a resgatar o que somos, e favorece a "paz de espírito" (tranqüilidade, auto-aceitaçao) e o sentimento de auto-estima (gostar do que se é). Podemos sim viver bem o que necessariamente passa pelo reencontro com agente mesmo. E quando finalmente a pessoa reconhece e vive o processo de construção de sua identidade e adquire a capacidade de auto-análise com conseqüente reconstrução diária, pode-se dizer que esta bem pois resgatou o acesso ao seu eu, sendo esse "acesso" interminável e fascinante. É quando finalmente descobrimos que viver é uma conquista diária "gostosa" de se experimentar.

1 de setembro de 2013

Ouvir: construa condiçoes favoráveis

No meu ultimo post de titulo Auto-conhecimento comentei que precisamos resgatar o que somos. Isso porque o que somos é o que teríamos sido em condições mais favoráveis. Mas o que seriam essas condições mais favoráveis? Vou dar um exemplo. Para isso vou usar um texto de um livro que mencionarei no final do texto. "Um senhora esta andando num shopping center com seu filho. De repente esse vê uma bicicleta e exclama: "Ah! como eu gostaria de ter uma bicicleta!'A mãe, ao invés de ouvir as palavras do filho, replica asperamente: 'Você é realmente ingrato. Acabamos de dar-lhe uma bicicleta nova no Natal e agora você já quer outra. Não agüento mais suas vontades. Por um bom tempo você não vai ganhar mais nada'. O que a criança aprendeu com essa experiência? Aprendeu que nunca deve contar à mãe as suas idéias e desejos a respeito de nada, pois isso só lhe trará punições. Se esta cena se repetir um número suficiente de vezes, a mãe acabará perdendo a oportunidade de receber um feedback do filho" e saber o que ele pensa e sente a respeito das coisas. "O que deveria ter feito a mãe numa situação como esta? Talvez pudesse ter dito: 'Aposto que você gostaria de ganhar uma bicicleta nova toda vez que quisesse'. Sem duvida o filho concordaria. Então a mãe poderia continuar com uma pergunta mais ou menos nesses termos:'Porque é que você acha que você não poderia ganhar essa bicicleta nova?' Talvez a criança respondesse:'Porque já tenho uma' ou 'Porque acabei de ganhar uma'. Talvez a mãe pudesse continuar a conversa dizendo: 'Depois que você usar essa e não for mais do seu tamanho você provavelmente ganhará outra'". Esse exemplo ilustra o que deveríamos fazer na criação de nossos filhos e no dia a dia com as pessoas: ouvir, aceitar o que o outro diz, reconhecer que o que o outro diz é importante, e expressar nossa opinião concordando ou não com o que o outro disse. No exemplo acima e no post auto-conhecimento eu me referi principalmente à nossa criação que geralmente é permeada pelo poder dos pais em reprimir o que a criança pensa e acha sobre as coisas, levando a criança a adotar comportamentos adaptativos para garantir o apoio e cuidados dos pais (dos quais dependem) negando a si mesmas. Como resultado, na fase adulta ficamos inseguros, com baixa auto-estima, e estranhos a nós mesmos. O processo de auto-conhecimento (via por exemplo psicoterapia) nos ajuda a reencontrarmos nossa identidade e recuperamos nossa essência e reencontrarmos o prazer de viver a vida. Requer coragem e determinação e, principalmente, a certeza de que podemos sim viver melhor. (o livro é Psicologia para Administradores de Hersey e Blanchard, Ed. EPU, p. 298-299).

Auto-conhecimento

O auto-conhecimento nos ajuda a viver melhor. Isso pode ser conseguido por meio da psicoterapia. O processo terapêutico nos ajuda a sermos nós mesmos porque nos leva a nos conhecermos mais, a abandonarmos o passado e nossos fantasmas, e a nos aceitarmos mais como somos. Isso mesmo: aceitarmos como somos, e nao como temos sido. Ou seja, muitos de nós nao gostamos de como temos sido, dos conflitos que experimentamos e das duvidas que temos. Dai o processo terpeutico nos levar ao encontro do que somos. Parafraseando Freud: o homem precisa tornar-se outro, embora continue ele mesmo - outro porque o processo terapêutico o leva a aproximar-se do que teria sido em condições mais favoráveis. Podemos sim viver melhor e gostarmos de quem somos aproveitando a vida. Ao fazer psicoterapia podemos aumentar nossa auto-estima, minimizar ou lidar melhor com nossos conflitos, evitar doenças psicossomáticas e aumentar momentos de felicidade e bem-estar. Fazer psicoterapia é um caminho. Existem outros. Mas a base deve ser o auto-conhecimento, fundamental para vivermos a vida na sua plenitude, possibilidades e nuances.

Participantes

Quem sou eu

Minha foto
Certificada pelo International Coaching Institute (ICI) – 2009 - # 449. Formada em Psicologia (UNIP,1979) e mestre em administração de empresas (EASP/FGV, 2000). Atua como psicóloga nas áreas clinica e organizacional desde 1979, e como coach desde 2006. Professora em cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia, Gestão do Conhecimento e Comportamento Organizacional desde 1999. Fluente em inglês. Para contato envie e.mail para sandrabmr@gmail.com @coachonyou (seu twitte de dicas) www.coachingforyou.com.br